Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano ocorreu entre 08 e 10 de abril em Bento Gonçalves (RS), oferecido por CIBiogás, Embrapa Suínos e Aves, Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindústrial (SBERA). Evento contou com o apoio institucional do projeto GEF Biogás Brasil, que é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. A 7ª edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano reuniu mais de 700 pessoas no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves (RS), entre 08 e 10 de abril, para discutir desafios e soluções de mercado, bem como o papel central do biogás na estratégia nacional de descarbonização.
O Fórum contou com a participação de especialistas dos setores público e privado, empreendedores, líderes de associações, cooperativas, investidores e pesquisadores em painéis temáticos sobre resiliência climática, certificados verdes, distribuição de biometano e outros temas essenciais a essa cadeia de valor. A edição deste ano foi realizada por Universidade de Caxias do Sul (UCS), CIBiogás e Embrapa Suínos e Aves. A Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (SBERA) foi organizadora do Fórum. O evento recebeu apoio institucional do projeto GEF Biogás Brasil, que é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O “Painel 7: Agenda Global do Biogás”, ocorrido nesta quarta-feira (09) de manhã, contou com integrantes e parceiros do projeto GEF Biogás Brasil para discutir tendências internacionais do setor. Participaram o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do MCTI, Gustavo Ramos; o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu Binacional, Rogério Meneghetti; o especialista em Gestão de Projetos da UNIDO, Bruno Neves; a diretora de Engenharia e Inovação do CIBiogás, Aline Scarpetta, como moderadora do painel; e o líder técnico sênior da World Biogas Association (WBA), Flávio Ascenco, responsável pela apresentação técnica do painel. Para Gustavo Ramos, do MCTI, o Brasil está cada vez mais inserido no debate global sobre biogás: "As discussões que tivemos durante o nosso painel e durante todo o Fórum reforçam o papel estratégico dessas energias renováveis não apenas para a competitividade do Brasil, mas também para a transição energética global”, disse o assessor da SETEC/MCTI. “O biogás e o biometano são vetores de desenvolvimento econômico sustentável, alinhados a compromissos climáticos e à geração de emprego e renda. Iniciativas como o projeto GEF Biogás Brasil demonstram como a cooperação internacional e políticas públicas assertivas podem acelerar a adoção dessas soluções, posicionando o país como líder em uma economia de baixo carbono", completou Gustavo. Bruno Neves, da UNIDO, destacou a necessidade de cooperação internacional para o avanço do setor. "Embora a digestão anaeróbia seja uma tecnologia fortemente territorializada em seus arranjos e modelos de negócios, os desafios que enfrenta são globais. Esforços de padronização, harmonização de arcabouços regulatórios e mecanismos de troca de experiências, incluindo o desenvolvimento conjunto de soluções, serão vitais para a consolidação e o crescimento desse mercado fundamental", disse Bruno. O diretor-presidente do CIBiogás, Rafael González, ressaltou o papel da inovação para impulsionar o setor. "O avanço do biogás no Brasil exige modelos de negócios que conectem produção, distribuição e consumo de forma eficiente, levando em consideração os objetivos de cada empreendimento. O intercâmbio de experiências nacionais e internacionais promovido por eventos como este Fórum pode acelerar esse processo", explicou Rafael. De acordo com a professora da UCS e organizadora do Fórum, Suelen Paesi, o evento reafirmou sua importância como um encontro anual para atualizar perspectivas e traçar novos caminhos. "A cada edição, percebemos como o setor está evoluindo e se posicionando no cenário internacional. O Fórum cumpre um papel essencial ao promover esse diálogo, conectando especialistas, empresas e formuladores de políticas públicas para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do biogás no Brasil", disse Suelen. Ao longo de três dias de debates e visitas técnicas, o evento mostrou que a expansão do biogás depende de uma atuação coordenada, baseada em inovação tecnológica, segurança regulatória e modelos de negócios eficientes, com forte potencial para transformar desafios energéticos em soluções sustentáveis e competitivas. Com a COP30 no horizonte e os olhares internacionais voltados ao Brasil, as ideias, conexões e compromissos construídos nesta edição do Fórum lançam bases sólidas para o Brasil ampliar sua liderança no setor, impulsionando parcerias, atraindo investimentos e posicionando o biogás como uma das principais vitrines brasileiras na agenda climática internacional. O coordenador-geral de Tecnologias Setoriais da SETEC/MCTI, Rafael Menezes, destacou o papel do biogás em marcos regulatórios de sustentabilidade. "O Fórum mostra como o biogás vem ganhando espaço nas políticas públicas de transição energética. Para o MCTI, iniciativas como o projeto GEF Biogás Brasil são essenciais para transformar conhecimento em soluções práticas com impacto real no território, gerando novas oportunidades de desenvolvimento. A nossa motivação agora é levar a experiência do nosso projeto para as regiões Norte e Nordeste do país”, contou Menezes. Os comentários estão fechados.
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