✅ O BiogásInvest é uma ferramenta digital gratuita que permite que produtores, empresários, fornecedores de equipamentos e serviços, agentes financiadores e gestores públicos façam uma análise customizada e independente sobre a viabilidade de projetos de biogás.
Você já sabe como o BiogásInvest pode otimizar o planejamento do seu negócio? Os especialistas Nicolas Berhorst e Maurício Penteado falarão sobre isso durante um webinar ao vivo nesta terça-feira (23/08), às 10h (horário de Brasília). Participe e descubra os benefícios dessa ferramenta digital! - Equipe do projeto GEF Biogás Brasil participou do evento em comemoração aos 50 anos do Sebrae e apresentou iniciativas voltadas para a valorização do biogás no país. - Projeto é liderado pelo MCTI, implementado pela UNIDO, financiado pelo GEF e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. A equipe do projeto GEF Biogás Brasil participou, na última terça-feira (9/8), do evento Energia 50+50, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento foi parte da programação do Sebrae em comemoração aos 50 anos da instituição. O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O representante adjunto da UNIDO para o Brasil e a Venezuela, Clovis Zapata, foi um dos convidados da mesa de abertura e ressaltou a importância da sustentabilidade energética para os negócios. “A energia é um tema muito relevante para todos nós. A UNIDO trata da energia aplicada a processos produtivos. É um assunto indispensável para os pequenos e médios negócios. Nós vemos, por meio do projeto GEF Biogás Brasil, como efetivamente isso é relevante. E, além disso, vemos como a tecnologia pode se tornar efetiva e eficiente uma vez que ela se insere dentro do contexto específico de cada empresa, de cada grupo, cada cooperativa“. O representante também ressaltou como a parceria com o Sebrae ajudou o projeto a alcançar mais público. “O Sebrae auxiliou o GEF Biogás Brasil com a sua capilaridade nos diversos estados brasileiros”, disse Zapata. Durante a abertura do fórum, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, enfatizou que a energia é um tema de discussão internacional, pois impacta a todos. Além disso, destacou a sua importância para os empreendimentos. “Primeiro para a viabilidade dos negócios, segundo para a produtividade, para que as empresas tenham eficiência, resultado e agregação de valor. Em terceiro lugar, a sustentabilidade. Para que cada empresa possa contribuir para uma matriz energética cada vez mais limpa e mais sustentável. O tema da energia já ganhou espaço de políticas públicas. Levar energias renováveis para todos os consumidores brasileiros é essencial”, explicou. Disseminação de informações do biogás O evento contou com palestras sobre os mercados de carbono, metano, óleo, gás e fontes renováveis. O biogás foi temática relevante durante os debates e o projeto GEF Biogás Brasil ganhou destaque nas apresentações. O consultor da UNIDO e analista de comunicação do projeto GEF Biogás Brasil, Raphael Makarenko, fez uma apresentação sobre como a Plataforma de Informações do Biogás Andrea Faria (PiBiogás) pode apoiar negócios no ramo. A PiBiogás é um hub digital que envolve hoje 15 instituições ligadas ao setor de biogás no Brasil. A função da plataforma é facilitar o intercâmbio de informações, de acessos a ferramentas digitais e sites institucionais relacionados ao setor. “É uma plataforma que traz benefícios tanto para as entidades que fazem parte dela, quanto para o público em geral, especialmente para que aqueles que buscam informações e ferramentas digitais possam implementar projetos executivos de biogás”, explicou. A PiBiogás oferece ferramentas que facilitam o planejamento automatizado de projetos, informações geolocalizadas sobre a produção de biogás, bibliotecas de conhecimento, cursos online, calculadora e diversas outras ferramentas. “A plataforma é uma iniciativa colaborativa de comunicação, então o nosso objetivo principal é facilitar que as informações voltadas para o biogás geradas por essas entidades cheguem com mais facilidade e de maneira mais dinâmica até o público, e gerar o intercâmbio de resultados gerados”, concluiu Raphael Makarenko. Multiplicação de boas práticas No evento, o consultor da UNIDO e especialista em gerenciamento de projetos do GEF Biogás Brasil, Bruno Casagranda Neves, apresentou sobre o livro “Metodologias para Integração do Biogás na Cadeia de Valor da Agroindústria”. A palestra foi realizada em parceria com o gerente regional do Sebrae Paraná em Ponta Grossa, Joel Franzim Junior.
“O biogás não é uma fonte energética que compete com as outras fontes renováveis. Ela complementa. O biogás não é uma tecnologia de energia, o biogás é uma tecnologia de eficiência produtiva. E eficiência é um dos pilares fundamentais da competitividade”, disse Bruno Neves. “É necessário a presença de instituições como o Sebrae e de outras entidades locais para que o diálogo de oferta e desenvolvimento dessa cadeia seja parte do processo de atendimento do agronegócio e de todos os outros setores que podem se beneficiar dessa tecnologia. Como parte do processo dessa multiplicação de boas práticas, o projeto tem hoje o nosso livro sobre a metodologia Foresight”, afirmou. O livro é resultado de uma colaboração multissetorial que inclui empresas, instituições e entidades ligadas à cadeia de valor do biogás no Brasil, e mostra em detalhes a aplicação de uma metodologia específica para o setor, que organiza a integração do biogás na cadeia da agroindústria do Paraná e, assim, permite a replicação de práticas semelhantes em outros estados. “Temos que olhar para a questão econômica, de gerar riqueza, mas não podemos deixar a sustentabilidade de lado”, analisou Joel Franzim Junior. O gerente regional analisa que a metodologia é replicável, e pode ser utilizada fazendo as devidas adaptações aos territórios. “Quando a gente consegue levar esse conceito para pequenos produtores, para que o produtor consiga, em sua pequena granja, gerar calor, consiga gerar o gás que consome na propriedade, aí sim faremos a nossa parte para gerar economia e sustentabilidade”, concluiu. O evento Energia 50+50 ocorreu na sede do Sebrae Nacional, em Brasília (DF). Acesse o site do evento e confira todos os detalhes. O Projeto GEF Biogás Brasil, em parceria com o Sebrae-PR, lançou no início de agosto o livro "Metodologias para integração do biogás na cadeia de valor da agroindústria".
A publicação está disponível para leitura e download gratuitos! - Empreendedores do mercado internacional de biogás ouvidos pelo projeto GEF Biogás Brasil indicam principais desafios para a consolidação do país como líder mundial no setor. - O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. Em junho, a equipe do Projeto GEF Biogás Brasil compareceu ao World Biogas Summit em Birmigham durante uma missão técnica a empresas do Reino Unido, da França e da Bélgica que otimizam seus negócios por meio da produção de biogás e biometano. Na missão, a equipe conversou com empresários ligados à cadeia de valor global do biogás para entender como esse mercado no Brasil é visto pelo setor privado fora do país.
Entre os principais desafios elencados pelos empresários ouvidos pelo Projeto estão o acesso a financiamentos para projetos executivos de biogás e informações mais claras sobre as possibilidades de investimento internacional no aproveitamento energético de resíduos no Brasil. Para Sidnei Vital Guimarães, gerente de Desenvolvimento de Negócios para o Setor de Bioenergia na empresa Aggreko, apesar de o mercado brasileiro de biogás ter avançado nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Esse mercado precisa de maior engajamento das instituições e conscientização pública, regulação dos atributos do biogás e opções de financiamento. O mercado energético tem muitos atributos e benefícios que ajudarão o Brasil no compromisso de redução de emissões de metano, então são muitas as oportunidades para o desenvolvimento estruturado o setor”, diz o empresário. Guimarães também enfatiza que o aumento nos preços do petróleo, gás natural, carvão e eletricidade deve favorecer a expansão do setor de biogás. Ele reforça que o biogás traz diversos benefícios socioambientais, contribui com o desenvolvimento econômico regional, colabora com a segurança energética do país e pode reduzir a dependência brasileira em relação aos combustíveis fósseis, o que torna o biogás uma alternativa competitiva. “Muitas empresas assumiram o compromisso de reduzir as emissões de carbono equivalente, portanto o biogás é a escolha mais adequada, visto que este energético possui atributos ambientais de descarbonização e ajudarão nos compromissos de redução de gases do efeito estufa”, conclui o gerente da Aggreko. Já Lily Bernadet, gerente de negócios para o desenvolvimento do setor de biogás no Reino Unido na Storengy UK, acredita que a presença de demanda interna por energia é fator crítico para investimentos na produção e no escoamento de biometano e gás natural no Brasil, por isso o mercado ainda está apenas começando no país. “Agora, vemos uma mudança nos projetos de biogás, com maiores projetos produzindo biometano. É um setor crescente que está se desenvolvendo rapidamente”, explica a gerente. Lily Bernadet defende que a energia deve ter um preço acessível. “Para que a energia tenha um valor justo, o mercado tem que incentivar a produção de energia verde. Essa energia verde tem que ser valorizada no mercado”, finaliza. Desafios do mercado O especialista em biogás do Projeto GEF Biogás Brasil e consultor da UNIDO em parceria com o CIBiogás, Ricardo Müller, participou da missão técnica do Projeto pela Europa e destaca que as empresas internacionais ouvidas pela equipe ainda sabem pouco sobre o funcionamento do mercado brasileiro de biogás. “As empresas estrangeiras, de uma forma geral, têm uma visão muito limitada do mercado nacional e, sem sombra de dúvidas, essa falta de informação do nosso mercado para o estrangeiro é uma barreira limitante para que sejam estruturados planejamentos estratégicos dessas empresas para atuar no mercado brasileiro”, explica Müller. De acordo com o “Panorama do Biogás no Brasil de 2021”, elaborado pelo CIBiogás, o país tem potencial para produzir anualmente cerca de 85 bilhões de metros cúbicos de biogás. A produção atual, entretanto, é de cerca de dois bilhões de metros cúbicos por ano, o que representa pouco mais de 2% desse potencial. Mesmo com esse vasto potencial ainda inexplorado, é possível constatar um crescimento promissor nos últimos anos. Segundo o panorama revelado pelo CIBiogás, houve um aumento de 16% no número de novas plantas de biogás em operação no Brasil e de 10% no volume de biogás produzido em 2021 em comparação ao ano anterior. A plataforma BiogásMAP registra hoje 811 plantas de biogás em território nacional. Programa de Tropicalização A missão técnica do Projeto GEF Biogás Brasil pela Europa foi realizada pela equipe do Programa de Tropicalização, uma iniciativa do Projeto que promove a cooperação entre empresas brasileiras e estrangeiras para identificar oportunidades de negócios que atendam às demandas do mercado nacional. A equipe realizou visitas técnicas a empresas estratégicas para o desenvolvimento do setor de biogás no Brasil, dentre elas: Top-Industrie (França), Dranco (Bélgica), Aggreko e Storengy (Reino Unido), além de ter realizado agendas com as empresas Qube Renewables (Reino Unido) e ANTEC (Noruega) durante o World Biogas Summit em Birmigham. O objetivo foi aprofundar o diálogo com essas empresas e consolidar oportunidades de parceria para investimentos em biogás no Brasil. Após a missão, o Programa de Tropicalização trabalha para desenvolver uma ação estratégica em parceria com a Storengy UK para criar modelos inovadores de armazenamento de biogás para o mercado brasileiro. A meta é implementar no Brasil a tecnologia de estoque de gás natural e biometano em cavernas subterrâneas que a empresa utiliza em suas usinas na Europa e no Reino Unido. Saiba mais sobre o Programa de Tropicalização no site do Projeto GEF Biogás Brasil. - Consultores do Projeto GEF Biogás Brasil elaboraram um novo modelo de negócio para a produção de biogás utilizando os resíduos orgânicos de propriedades rurais da cooperativa Copérdia, em parceria com a Cooperativa Aurora, a Embrapa e o Sebrae. - O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. Durante reunião remota em 20 de julho, o Projeto GEF Biogás Brasil apresentou um novo modelo de negócio para o aproveitamento energético de oito propriedades rurais da linha Kaiser da cooperativa Copérdia, que tem sede em Concórdia (SC). O modelo, focado na produção de biogás, foi desenvolvido em parceria com a Copérdia, a Cooperativa Aurora, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Participaram da reunião representantes e técnicos das entidades envolvidas com a parceria e o estudo técnico. “Foram mais de seis meses de trabalho. Essa entrega é resultado de um esforço coletivo visando encontrar soluções técnicas, econômicas e financeiras para uma nova matriz energética sustentável”, conta o consultor da UNIDO e especialista em cadeia de valor do Projeto GEF Biogás Brasil, Emilio Beltrami. “Visitamos diversas vezes as nossas propriedades para verificar qual o melhor cenário para se investir em energia por meio do biogás”, reforça a engenheira agrônoma Samara Romani, responsável pelo setor ambiental da Copérdia. “Com esse estudo, buscamos mostrar a nossa realidade e qual a viabilidade do biogás nesse cenário”, explica Romani. O vice-presidente da Cooperativa Aurora, Marcos Zordan, confirma a importância do estudo para a consolidação do biogás nas atividades dos cooperados. “Agora, esperamos que esse novo horizonte dê certo para os produtores”, diz Zordan. Análises de viabilidade técnica e econômica para o biogás Os detalhes da pesquisa feita em campo para a formulação do novo modelo de negócio foram apresentados durante a reunião remota pelo consultor da UNIDO e especialista em biogás do Projeto GEF Biogás Brasil, Vinicius Fritsch. Segundo o especialista, a pesquisa consolidou rotas tecnológicas viáveis para o aproveitamento energético dos resíduos das oito propriedades rurais analisadas, levando em conta a origem do substrato utilizado na biodigestão para a produção de biogás. Com os dados em mãos, foi possível definir a tecnologia mais adequada, como a lagoa coberta ou o reator CSTR, além dos cenários mais eficientes para o transporte e o tratamento desses resíduos. “Visitamos as propriedades e fizemos análises laboratoriais para verificarmos a viabilidade de um cluster de biogás na linha Kaiser da Copérdia, e qual seria a escala mínima de cada tipo de manejo do biogás nas propriedades dos cooperados”, explica Vinicius Fritsch. “Definindo a tecnologia correta para esses casos, descobrimos a forma adequada de agregar valor aos resíduos por meio do biogás, considerando a geração de energia térmica, elétrica, biometano, CO2 e digestato, para consumo interno das propriedades ou para a venda”, diz Fritsch. O levantamento considerou dados específicos de cada propriedade rural analisada, como a quantidade de bovinos e suínos. Em seguida, foi possível estimar o volume anual e diário de dejetos gerados. Com o apoio da Embrapa, os técnicos determinaram o percentual de sólidos presentes nos resíduos, bem como a volatilidade desses sólidos. Por fim, foi feita uma estimativa da quantidade de biogás a ser gerado de acordo com cada tipo de resíduo orgânico produzido pelas propriedades. O estudo considerou dejetos suínos, bovinos e carcaças de animas. “Chegamos a dois cenários possíveis”, explica Vinicius Fritsch. “No primeiro cenário, o biogás é centralizando em uma das oito propriedades. Cada cooperado tem um biodigestor em sua propriedade, e leva o biogás produzido até essa propriedade central por meio de um gasoduto. Nesse ponto central, são instalados equipamentos para retirar o H2S do biogás e um motogerador para gerar energia elétrica. Já no segundo cenário, o resíduo é que é centralizado em uma única propriedade, com um biodigestor central para o qual as demais propriedades levam seus resíduos. Em seguida, o digestato produzido pelo biodigestor é transportado aos demais cooperados da linha, para que cada propriedade possa fazer a sua gestão”, detalha o consultor. A análise de viabilidade implementada pelo Projeto GEF Biogás Brasil levou em consideração fatores como o capex (despesas de capital), o opex (despesas operacionais), o custo anual evitado, o payback (tempo de retorno do investimento), o VPL (valor presente líquido) e o TIR (taxa interna de retorno), além de uma estratégia de redução do consumo de água nas propriedades. - Especialistas de empresas e entidades setoriais discutem benefícios da integração do biogás ao setor de cervejarias em webinar do projeto GEF Biogás Brasil em parceria com o CIBiogás. - Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo MCTI, implementado pela UNIDO, financiado pelo GEF e conta com o CIBiogás como principal entidade executora O Projeto GEF Biogás Brasil, em colaboração com o CIBiogás, reuniu especialistas de empresas e entidades setoriais para apresentar as oportunidades de negócios do biogás para o setor de cervejarias durante webinar ao vivo realizado no final de julho.
Participaram do webinar o consultor de Negócios do Sebrae-PR, Emerson Lourenço, o especialista corporativo de Utilidades da Heineken, Marcelo Rondina, o sócio executivo da Luming Inteligência Energética, Rael Mairesse, e o analista ambiental do CIBiogás Leonardo Lins. O evento foi moderado pela consultora da UNIDO em parceria com o CIBiogás, Daiana Gotardo Martinez, que é especialista em capacitação pelo Projeto GEF Biogás Brasil. O Projeto é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. “Hoje, o Brasil se posiciona entre os cinco maiores produtores de cerveja do mundo, e em todos os estados do nosso país nós temos ao menos uma cervejaria”, conta a especialista Daiana Martinez. “Todas as cervejarias enfrentam desafios de gestão e tratamento dos resíduos gerados a partir do processo de produção. A biodigestão é uma oportunidade de tratamento e de geração de um ativo energético dentro desse processo industrial”, explica Martinez. Durante sua apresentação, o consultor do Sebrae-PR Emerson Lourenço falou sobre o panorama do setor cervejeiro no contexto da produção de biogás. “O setor de cervejarias representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com um faturamento aproximado de 77 bilhões de reais, e gera impacto em diversos setores da economia. O biogás é uma oportunidade para o aproveitamento dos resíduos gerados pelo setor para a geração de energia e combustível. Os três principais substratos que geram biogás atualmente nesse setor são a levedura, o bagaço de malte e a terra diatomácea”, diz Lourenço. O analista do CIBiogás Leonardo Lins focou sua apresentação no aproveitamento energético dos resíduos de cervejarias. “Divulgamos uma nota técnica que detalha a produção de biogás nesse setor e a geração de energia elétrica, térmica e combustível, além da recuperação de CO2. A região Sul tem hoje o potencial de produzir 128 milhões de Nm3 de biogás por ano, com o Rio Grande do Sul representando 43% desse potencial e as indústrias de grande porte sendo responsáveis por 96% desse potencial. O resíduo do setor cervejeiro é contínuo, e é possível fazer o aproveitamento energético desse resíduo por meio da digestão anaeróbica. Uma opção para as pequenas indústrias viabilizarem esse aproveitamento é por meio da codigestão, com a mistura de dois ou mais resíduos. Além disso, o biogás pode substituir fontes não renováveis, como a lenha e combustíveis fósseis”, explica Lins. O sócio executivo da Luming Rael Mairesse falou de sua experiência com a produção de biogás no setor privado. “Sempre pensamos na Luming em como transformar passivos ambientais em ativos econômicos, e existe um grande potencial para isso no biogás. Uma das primeiras plantas de biogás para geração de energia elétrica da Ambev no mundo fica em Guarulhos (SP), e trabalha com microturbinas ao invés de geradores, por conta da vantagem de que não é necessário se preocupar com a composição do gás para manter uma produção contínua. O mesmo sistema é usado em uma unidade da Ambev em Ponta Grossa (PR), que não exige uma demanda operacional relevante. Foi a primeira planta net zero da ABInBev na América Latina”, conta Mairesse. O especialista corporativo da Heineken Marcelo Rondina reforçou as vantagens do biogás em sua apresentação no webinar. “A Heineken chegou no Brasil em 2010, e hoje é a líder no segmento premium. Temos atualmente um consumo anual em nossas fábricas de mais de 900 mil toneladas de vapor. Nas cervejarias onde temos o aproveitamento do biogás na caldeira, cerca de 40% do biogás gerado foi transformado em energia, o que representa de 4 a 6% de redução do consumo de energia térmica nessas cervejarias”, diz Rondina. “Nosso objetivo é transformar todo esse potencial em energia elétrica e térmica para reduzir custos e preservar o meio ambiente. Nossas principais dificuldades são rompimentos de tubulação e vazamentos por conta da deterioração provocada pelo H2S. Além disso, componentes que precisam ser importados demoram a chegar nas fábricas, o que dificulta a operacionalização”, explica o especialista. Assista à gravação do webinar pelo canal do Projeto GEF Biogás Brasil no YouTube. - Equipe do Projeto GEF Biogás Brasil fez visitas técnicas a empresas de biogás da Europa e do Reino Unido e participou do maior evento internacional do setor em Birmigham, onde recebeu menção honrosa por seus cursos de capacitação. - Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo MCTI, implementado pela UNIDO, financiado pelo GEF e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O Projeto GEF Biogás Brasil recebeu menção honrosa durante o maior fórum internacional do setor de biogás, o World Biogas Summit, que aconteceu em junho deste ano no Reino Unido e foi promovido pela Associação Mundial do Biogás (WBA, na sigla em inglês). O Projeto foi condecorado por sua Trilha de Capacitação em Biogás, o maior pacote de capacitação aberta, online e gratuita em biogás já lançado na América Latina.
O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. A equipe do Projeto GEF Biogás Brasil compareceu ao World Biogas Summit em Birmigham durante uma missão técnica a empresas do Reino Unido, da França e da Bélgica que otimizam seus negócios por meio da produção de biogás e biometano. O coordenador nacional do Projeto e coordenador adjunto de Inovação e Tecnologias Setoriais do MCTI, Gustavo Ramos, ressalta a importância das visitas técnicas e da participação do Projeto no fórum internacional: “Nossa presença demonstra o interesse do país na cadeia de valor do biogás e nos permite apresentar grandes iniciativas voltadas para o desenvolvimento do biogás e do biometano”. O coordenador diz que a missão à Europa ajudou a disseminar ações e informações levantadas pelo Projeto. “Apresentamos possibilidades de cooperação entre instituições brasileiras e do exterior, permitindo uma melhor visualização de oportunidades de mercado para empresas que tenham interesse em investir no Brasil”, explica Ramos. O diretor-presidente do CIBiogás, Rafael González, comenta que a menção honrosa feita durante a premiação do World Biogas Summit encheu de orgulho toda a equipe do Projeto GEF Biogás Brasil e do CIBiogás. “Ter esse reconhecimento internacional a partir da iniciativa da WBA foi extremamente gratificante. Pudemos ver como nosso trabalho está sendo valorizado a partir de um tópico indispensável: a capacitação”. Visitas técnicas Além da participação no World Biogas Summit, a equipe realizou visitas técnicas às plantas de biogás da empresa Top-Industrie na França, da companhia Dranco na Bélgica, e das empresas Aggreko, Qube Renewables e Storengy UK no Reino Unido. O coordenador Gustavo Ramos conta que o Projeto vai aprofundar o diálogo com essas empresas para verificar colaborações que contribuam para o desenvolvimento do mercado brasileiro. “Muitas das empresas que visitamos possuem parcerias com diversas outras, que atuam ou não no setor de biogás. Isso foi importante para termos uma visão melhor da atuação dessas empresas e do mercado que está ligado a diversos nichos”, diz Ramos. A equipe do projeto GEF Biogás Brasil se reuniu, no dia 27/5, com a equipe do Centro Sebrae de Sustentabilidade, do CIBiogás e do Sebrae Nacional para estruturar a divulgação de conteúdos e boas práticas da cadeia do biogás no Centro Sebrae de Sustentabilidade em Cuiabá (MT).
O objetivo da parceria entre as entidades é disseminar conhecimento gerado pelo projeto GEF Biogás Brasil e facilitar a criação de novos negócios relacionados ao biogás e seus subprodutos. Os conteúdos serão divulgados via Redes Digitais (Site, Youtube, Instagram, Linkedin) das entidades. Além disso, a equipe está dialogando para a construção de eventos, palestras e cursos para propagar o conhecimento. Participaram da reunião Nager Amui e Rhauan Dias, do Centro Sebrae de Sustentabilidade; Juliana Borges, do Sebrae Nacional; Alessandra Freddo, consultora da UNIDO em parceria com o CIBiogás, Yelva Cubas, do CIBiogás; e os consultores da UNIDO pelo projeto GEF Biogás Brasil Crislaine Flor, Emilio Beltrami, Nicole Mattiello e Raphael Makarenko. A equipe do projeto GEF Biogás Brasil realizou, no dia 25 de maio, uma visita técnica à Unidade Frigorífica da Frimesa Cooperativa Central em Medianeira (PR). O objetivo foi conhecer a planta de biogás da empresa, que converte o biogás em biometano para uso como combustível renovável.
O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. A Frimesa usa o biometano para gerar as chamas de seu chamuscador, equipamento que retira os pelos das carcaças dos suínos que seguem para a industrialização da matéria-prima. O uso desse sistema reduz os custos de produção, já que a empresa não precisa comprar Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para essa finalidade. O biometano tem alto poder calorífico e pode ser usado em substituição ao GLP. A equipe do projeto coletou informações sobre como é feito o processo na Frimesa para auxiliar a modelagem de negócios da cooperativa Aurora Coop, que pretende utilizar o mesmo sistema. O modelo de negócios da Aurora Coop é desenvolvido com apoio técnico do projeto GEF Biogás Brasil. Os consultores da UNIDO pelo projeto GEF Biogás Brasil Crislaine Flor e Vinicius Fritsch puderam conhecer a planta de biogás da Frimesa junto com os gestores da Aurora Coop, que também participaram da visita técnica. A Aurora Coop planeja utilizar o biometano no chamuscador de suínos de sua unidade fabril FACH II, localizada em Chapecó (SC). A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) está selecionado empresas para a revisão de um conceito de projeto sobre a estratégia de longo prazo do setor de biogás no Brasil.
A empresa contratada deverá auxiliar a UNIDO a revisar essa estratégia de longo prazo, que fará parte da definição de um novo projeto financiado pelo Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund, ou GCF, em inglês), o maior fundo climático do mundo. A seleção é feita pelo projeto GEF Biogás Brasil, que é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela UNIDO, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) como principal entidade executora. Saiba mais sobre a chamada pública e encaminhe a proposta da sua empresa: |