Matéria editada do site do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), utilizando dados da cobertura oficial. Para ler a matéria original do jornalista Fábio Canhete, clique aqui. Fotos: FSBBB (Leonardo Leite e Roberto Lemos) O primeiro painel do 5º Fórum Sul Brasileiro Biogás e Biometano, ocorrido nesta terça-feira (18), teve como tema o “Mercado de biogás e biometano no Sul do Brasil”, onde foram apresentados dados sobre o avanço do setor e também debates sobre as oportunidades e desafios para o mercado regional de biogás.
O grande destaque da Região Sul vem das áreas agrícolas, responsáveis por 73% da produção de biometano da região. O painel foi moderado por Gustavo Ramos, assessor da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (SETEC/MCTI) e coordenador do projeto GEF Biogás Brasil. O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo MCTI, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O painel contou com uma palestra de Nicolas Berhorst, coordenador da área de inteligência de Mercado do Biogás no CIBiogás. Participaram como debatedores os seguintes especialistas: Rachel Henriques, analista de Pesquisa Energética da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Manuela Laranjeira Kayath, presidente da MDC Energia; e Gustavo Bonini, diretor de relações institucionais e governamentais da Scania. “Existe uma janela para transformar e fazer a transição para entrarmos como commodities no mercado competitivo. Precisamos de um sistema de inovação para essa transição energética. O Fórum vai conseguir atuar nessas funções técnicas, energéticas e de sustentabilidade”, comentou Nicolas Berhorst, do CIBiogás. Essa nova matriz energética está em franca expansão e caminha cada vez mais a passos largos. O crescimento chega à média de 35% ao ano no país. Para Rachel Henriques, analista de Pesquisa Energética da EPE, como o Brasil tem um território do tamanho de um continente, é importante avaliar suaspotencialidades regionalmente. “Precisamos reconhecer as diversas formas de acordo com a diversidade geograficamente, precisamos ver os recursos energéticos em cada região. Gerar de maneira segura e acessível. A maior parte das plantas são de pequeno porte e estão gerando energia elétrica. O Brasil já ocupa uma posição que muitos países vislumbram daqui a alguns anos”, comenta. A Região Sul tem grande participação nesse cenário, com 261 plantas de biogás gerando 18% do volume nacional de biogás, ficando atrás apenas do Sudeste. Gustavo Ramos, assessor da SETEC/MCTI, acredita no potencial local. “O Sul do país tem uma cadeia mais estruturada e existe uma sinergia entre os parceiros e instituições, comreuniões frequentes e fóruns que discutem o planejamento energético”, diz. O mercado vive uma janela de oportunidades na opinião de Manuela Laranjeira Kayath, presidente da MDC Energia. Ela afirma que existe mercado para todos os tamanhos de projetos e que os avanços superam as expectativas. “Não percebíamos a potencialidade do Brasil no biometano. Hoje, temos uma janela de oportunidades, um momento muito único. Não imaginávamos que avançaríamos tanto. Atualmente, temos clientes em escala industrial e também de pequeno porte. Ter um combustível verde e renovável era algo impensável há pouco tempo”, diz a presidente da MDC Energia. A aplicação do biogás e do biometano é diversa e está presente em vários setores econômicos. Segundo Gustavo Bonini, diretor de relações institucionais e governamentais da Scania, a janela está “escancarada”. “A janela não está aberta, está escancarada. O desafio é manter ela assim. Estamos nas conexões dos processos, cadeia de valor, distribuição, transporte, mobilidade. Na costa brasileira, temos o pré-sal. No interior, também temos o pré-sal: o “pré-sal caipira”, comenta Gustavo Bonini. Os comentários estão fechados.
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