Matéria editada do site do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), utilizando dados da cobertura oficial. Para ler a matéria original da jornalista Tallini Klassmann, clique aqui. Fotos: FSBBB (Leonardo Leite) O décimo painel do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), ocorrido em 19 de abril, apresentou exemplos de empresas que já implementaram tecnologias de biogás em suas operações, gerando benefícios econômicos e ambientais.
Os trabalhos do painel foram conduzidos pela moderadora Daiana Gotardo Martinez, consultora da UNIDO em parceria com o CIBiogás e especialista do projeto GEF Biogás Brasil. O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. “Cada vez mais ouvimos falar que empresas estão recebendo e utilizando os resíduos e subprodutos industriais, contribuindo para a transição de uma economia mais sustentável e redução dos impactos ambientais da indústria”, disse Daiana Gotardo Martinez durante o painel. O palestrante Lorenzo Pianigiani, da empresa Sebigas Cótica, compartilhou sua experiência com o biogás produzido a partir de resíduos agroindustriais. “Nossos pilares que fazem a diferença são: eficiência de conversão, uptime [tempo de operação efetiva] e opex [despesas operacionais]. Recebemos resíduos de frigoríficos, indústria de mandioca, etanol e açúcar, e capim elefante. No total, trazemos 70 tipos de resíduos. O destaque é a primeira planta brasileira de biogás de vinhaça em escala industrial, com tecnologia aplicada, fazendo com que esse projeto seja a maior usina de biodigestão das Américas e uma das maiores do mundo”, comentou Pianigiani. Já o empresário Henrique Saonetti, da Fecularia Três Fronteiras, cuja planta de biogás é uma Unidade de Demonstração do Projeto GEF Biogás Brasil, falou sobre a utilização do biogás em sua planta. “Possuímos dois biodigestores de 25 mil litros com retenção hídrica de 31 dias. Usamos o biogás para energia térmica e elétrica. No início, passamos por dificuldades, pois naquela época não se falava muito em biogás. Por isso, é necessário, cada vez mais, esses encontros, debates, para mais empresas utilizarem seus resíduos, retornando em investimento e benefício”, relatou Saonetti. Os representantes da Cooperativa Castrolanda, Carol Giovani Smilewski e Torbim de Geus, apresentaram o case Energik, do grupo Unium, que é um projeto conjunto desenvolvido pelas cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal para produzir biogás. “O projeto tem localização estratégica e, em seu entorno, há muitas indústrias. Nossos carros-chefe são os frigoríficos, mas também há indústria de batatas, fábrica de cerveja e os produtores rurais. Todos os resíduos são transformados em matéria-prima para digestato e biofertilizante”, enfatizou Torbim de Geus. A planta de biogás da Castrolanda, em parceria com a 3Di Engenharia, também é uma Unidade de Demonstração do projeto GEF Biogás Brasil. A planta fica em Castro (PR) e processa resíduos agroindustriais. Por fim, a painelista Giovani Boaventura Bacarin, da Cocal, falou sobre o modelo de negócio da empresa, com máxima utilização de resíduos e subprodutos agroindustriais. “A Cocal produz cana-de-açúcar, açúcar, etanol, energia elétrica, levedura inativada e desidratada, biogás, biometano e C02 em suas plantas industriais. Utilizamos o biometano na frota da empresa, em carros utilitários, caminhões e maquinários. Também, integramos o projeto Cidades Sustentáveis, sendo a primeira cidade com sistema de distribuição exclusivo de biometano no mundo”, explicou Bacarin. Os comentários estão fechados.
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