Matéria editada do site do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), utilizando dados da cobertura oficial. Para ler a matéria original do jornalista Marcelo Aramis, clique aqui. Fotos: FSBBB (Roberto Lemos) O terceiro painel do Fórum foi moderado por Leidiane Mariani, da Amplum Biogás. A pauta incluiu linhas de crédito, mecanismos de fomento e outras formas de rentabilizar projetos de biogás e biometano.
A primeira apresentação do painel foi de Rodrigo Sarmento Garcia, consultor da UNIDO e especialista em políticas financeiras do projeto GEF Biogás Brasil. Para o especialista, investir na qualidade dos projetos, na segurança da informação e em cada detalhe que faz um bom projeto é o caminho para ganhar credibilidade na mesa de negociação de investimentos. “Estamos com um cenário de sobre-oferta de projetos ESG. Um investidor sempre vai olhar para um projeto do ponto de vista de rentabilidade e sustentabilidade. Precisamos de um processo não-elementar de comunicação, de informação de quais são as vantagens do biogás”, explicou Rodrigo Garcia. “Projetos bem estruturados entram no banco com uma vantagem a mais. As chances de aprovação são maiores”, reforçou Paulo Marques Ferreira, analista de Novos Projetos e Negócios do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Vinicius José Rocha, diretor de Mercado da Fomento Paraná, apresentou possibilidades de financiamento para empreendedores do setor, como o Banco da Mulher Paranaense e linhas de crédito voltadas para energia renovável e para sistemas que contribuam para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Luciano Figueredo, consultor do Instituto Totum, trouxe ao painel o tema dos ativos ambientais do biogás: CBIO, GAS-REC e I-REC, soluções que trazem rentabilidade ao setor. Ele também citou os créditos de carbono como ativos que devem impulsionar a rentabilidade do biogás. Gabriel Kropsch, diretor-executivo da ABiogás, dividiu sua apresentação com Emerson Ribeiro Lourenço, consultor do Sebrae Paraná. Gabriel e Emerson falaram sobre a atividade integrada do Sebraetec para alavancar negócios seguros, tecnicamente eficientes e economicamente viáveis no setor de biogás. No debate, a moderadora Leidiane Mariani apontou o Sebraetec como possível ponto de convergência entre as falas no painel. “Hoje, o Sebrae, dentro do programa Sebraetec, tem um recurso de aproximadamente R$ 350 milhões. Desse recurso, menos de 1% é voltado para o setor de energia, porque não temos uma quantidade grande de fornecedores. Muitas vezes, o empreendedor não vê a área de energia como um potencial modelo de negócio ou uma possibilidade de reduzir custos no produto final”, explicou Emerson Lourenço, consultor do Sebrae Paraná. “Nós, do Sebrae, queremos expandir fornecedores, aproximar esse programa dos pequenos negócios, e dos grandes empresários também, porque eles podem ser fomentadores de desenvolvimento. E isso pode, efetivamente, transformar a realidade”, disse Lourenço. Os comentários estão fechados.
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