Matéria editada do site do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), utilizando dados da cobertura oficial. Para ler a matéria original do jornalista Fábio Canhete, clique aqui. Fotos: FSBBB (Leonardo Leite) Três especialistas em plantas de biogás palestraram no painel 8 do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano nesta quarta-feira (19): Juliana Gaio Somer, gestora da área de Operações do CIBiogás, Andrieli Terezinha Schulz, supervisora ambiental da Cooperativa Frimesa, e Natali Nunes da Silva, especialista em tecnologias de biogás pelo projeto GEF Biogás Brasil.
O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O moderador do painel foi Odorico Konrad, doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária, da Universidade do Vale do Taquari (Univates). “Precisamos saber o que temos, precisamos que as plantas fiquem em pé, que as planilhas fechem. É necessário o cruzamento de muitos dados para, lá na frente, tomar decisões precisas. Não podemos pensar no mundo do biogás de forma isolada, precisamos multiplicar as plantas existentes”, enfatizou Konrad durante o debate. Para Natali Nunes da Silva, especialista em tecnologias de biogás pelo projeto GEF Biogás Brasil, as plantas de biogás precisam ser conduzidas como um negócio. “Estamos implantando um banco de dados e teremos informações para divulgar à comunidade. Vale a pena investir em um laboratório quando se fala em um grande empreendimento, como indústrias. Já para o produtor é outro cenário, daí entra a responsabilidade de quem está vendendo. O produtor não entende especificamente de biogás, ele precisa ser assistido, essa missão é nossa”, recomenda a especialista, que é consultora da UNIDO em parceria com o CIBiogás. Juliana Gaio Somer, gestora da área de Operações do CIBiogás, palestrou sobre o “Monitoramento e Performance de Plantas de Biogás”. Segundo ela, é necessário entender qual a finalidade da planta de biogás: se para tratamento de resíduos ou para monetização. A gestora reforça a importância do estudo da estrutura da planta, com objetivo de potencializar a produção. “O nosso setor se profissionalizou, estamos falando de grandes plantas de biogás. É preciso conhecer o substrato e suas características, o tempo de resposta, e conhecer o processo. Em muitos casos, não é inventar a roda, são coisas simples que carecem de conhecimento técnico que podem agregar para a planta”, diz Juliana Somer. Representando a Cooperativa Frimesa, que conta com 996 produtores de suínos e 2.137 produtores de leite, Andrieli Terezinha Schulz, supervisora ambiental, mostrou os indicadores de monitoramento do Complexo de Geração de Biogás na organização. Segundo a supervisora ambiental, no início, quando foi instalado o biodigestor no Complexo, no ano de 2018, a ideia era resolver um passivo. Atualmente, o sistema é tratado como um ativo energético. “Olhamos para nosso efluente e entendemos que isso podia ser uma oportunidade e um modelo de negócio. Substituímos o GLP utilizado na indústria pelo biogás produzido na nossa planta. Trouxemos os departamentos de engenharia, ambiental, manutenção, segurança do trabalho, tecnologia da informação para trabalhar em conjunto. São atores importantes e cada modelo de negócio terá os seus. É importante ter vários pontos de vista”, diz Andrieli Schulz. Os comentários estão fechados.
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