Matéria editada do site do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), utilizando dados da cobertura oficial. Para ler a matéria original da jornalista Tallini Klassmann, clique aqui. Fotos: FSBBB (Roberto Lemos) O Painel 9 do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, ocorrido em 19 de abril, apresentou cases de sucesso na produção de biogás a partir de substratos da pecuária no sul do país.
Herlon Goelzer de Almeida, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), foi o moderador do painel. “Uma das principais potências da Região Sul é a pecuária. Esse tema merece uma atenção especial de todos, desde políticas públicas, empresários, associações, para alcançarmos e levarmos essa potência para todos os produtores”, disse Almeida. O painel contou com a participação do produtor Gilmar Marcelo de Paula, da empresa 3Gs Adubos Orgânicos. A planta de biogás da 3Gs é uma das Unidades de Demonstração do projeto GEF Biogás Brasil, tendo recebido apoio técnico e financeiro do projeto para a compra de equipamentos e a melhoria de suas operações. O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. Durante a apresentação, Gilmar Marcelo de Paula compartilhou sua experiência com o biogás: “Nosso principal substrato é a cama de frango. Usamos o biogás em duas dimensões: na produção de energia elétrica e, também, na produção de energia térmica para aquecimento do aviário, economizando, assim, cerca de 70% de lenha. Outro produto que utilizamos na 3Gs é o digestato para produção de grama, além de estudarmos a concentração de nutrientes para recuperação da água”. Segundo o produtor, sua intenção é aumentar o uso do biogás como fonte de energia térmica, reduzindo os custos de produção, e retomar o desenvolvimento de outros produtos. O pesquisador Airton Kunz, da Embrapa Suínos e Aves, abordou a relação entre a economia circular e o biogás na suinocultura. Segundo ele, o conceito de economia circular é baseado na manutenção do valor dos recursos extraídos e produzidos em circulação por meio de cadeias produtivas integradas. “Podemos, sim, agregar novas tecnologias para um futuro bem promissor para a suinocultura, pois temos um grande potencial. Dados revelam que quase 70% dos abates acontecem no sul do Brasil. É o momento de pensar e agir de maneira sistêmica”, observou o pesquisador. Representando a organização social Diaconia, Ita Porto apresentou a experiência dos biodigestores sertanejos na produção de biogás em escala doméstica familiar rural. “A Diaconia idealizou seu protótipo em 2009. Em 2014, migramos para o sul do Brasil e, desde lá, criamos 395 plantas de biodigestores, atingindo mais de 1.644 pessoas. Podemos dizer que somos protagonistas sociais e que promovemos ações de transformação nas sociedades. Nossos biodigestores são de baixo custo e com resultados eficientes para famílias de baixa renda e, também, para propriedades rurais. Sei que é algo pequeno em relação a outros biodigestores apresentados aqui no Fórum, mas eles fazem a diferença na vida de muitas famílias,” destacou Ita Porto. Para saber mais sobre as Unidades de Demonstração do projeto GEF Biogás Brasil, como a planta de biogás da 3Gs Adubos Orgânicos, clique aqui e assista ao nosso vídeo explicativo. Os comentários estão fechados.
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