- Equipe do projeto GEF Biogás Brasil participou do evento em comemoração aos 50 anos do Sebrae e apresentou iniciativas voltadas para a valorização do biogás no país. - Projeto é liderado pelo MCTI, implementado pela UNIDO, financiado pelo GEF e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. A equipe do projeto GEF Biogás Brasil participou, na última terça-feira (9/8), do evento Energia 50+50, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento foi parte da programação do Sebrae em comemoração aos 50 anos da instituição. O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O representante adjunto da UNIDO para o Brasil e a Venezuela, Clovis Zapata, foi um dos convidados da mesa de abertura e ressaltou a importância da sustentabilidade energética para os negócios. “A energia é um tema muito relevante para todos nós. A UNIDO trata da energia aplicada a processos produtivos. É um assunto indispensável para os pequenos e médios negócios. Nós vemos, por meio do projeto GEF Biogás Brasil, como efetivamente isso é relevante. E, além disso, vemos como a tecnologia pode se tornar efetiva e eficiente uma vez que ela se insere dentro do contexto específico de cada empresa, de cada grupo, cada cooperativa“. O representante também ressaltou como a parceria com o Sebrae ajudou o projeto a alcançar mais público. “O Sebrae auxiliou o GEF Biogás Brasil com a sua capilaridade nos diversos estados brasileiros”, disse Zapata. Durante a abertura do fórum, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, enfatizou que a energia é um tema de discussão internacional, pois impacta a todos. Além disso, destacou a sua importância para os empreendimentos. “Primeiro para a viabilidade dos negócios, segundo para a produtividade, para que as empresas tenham eficiência, resultado e agregação de valor. Em terceiro lugar, a sustentabilidade. Para que cada empresa possa contribuir para uma matriz energética cada vez mais limpa e mais sustentável. O tema da energia já ganhou espaço de políticas públicas. Levar energias renováveis para todos os consumidores brasileiros é essencial”, explicou. Disseminação de informações do biogás O evento contou com palestras sobre os mercados de carbono, metano, óleo, gás e fontes renováveis. O biogás foi temática relevante durante os debates e o projeto GEF Biogás Brasil ganhou destaque nas apresentações. O consultor da UNIDO e analista de comunicação do projeto GEF Biogás Brasil, Raphael Makarenko, fez uma apresentação sobre como a Plataforma de Informações do Biogás Andrea Faria (PiBiogás) pode apoiar negócios no ramo. A PiBiogás é um hub digital que envolve hoje 15 instituições ligadas ao setor de biogás no Brasil. A função da plataforma é facilitar o intercâmbio de informações, de acessos a ferramentas digitais e sites institucionais relacionados ao setor. “É uma plataforma que traz benefícios tanto para as entidades que fazem parte dela, quanto para o público em geral, especialmente para que aqueles que buscam informações e ferramentas digitais possam implementar projetos executivos de biogás”, explicou. A PiBiogás oferece ferramentas que facilitam o planejamento automatizado de projetos, informações geolocalizadas sobre a produção de biogás, bibliotecas de conhecimento, cursos online, calculadora e diversas outras ferramentas. “A plataforma é uma iniciativa colaborativa de comunicação, então o nosso objetivo principal é facilitar que as informações voltadas para o biogás geradas por essas entidades cheguem com mais facilidade e de maneira mais dinâmica até o público, e gerar o intercâmbio de resultados gerados”, concluiu Raphael Makarenko. Multiplicação de boas práticas No evento, o consultor da UNIDO e especialista em gerenciamento de projetos do GEF Biogás Brasil, Bruno Casagranda Neves, apresentou sobre o livro “Metodologias para Integração do Biogás na Cadeia de Valor da Agroindústria”. A palestra foi realizada em parceria com o gerente regional do Sebrae Paraná em Ponta Grossa, Joel Franzim Junior.
“O biogás não é uma fonte energética que compete com as outras fontes renováveis. Ela complementa. O biogás não é uma tecnologia de energia, o biogás é uma tecnologia de eficiência produtiva. E eficiência é um dos pilares fundamentais da competitividade”, disse Bruno Neves. “É necessário a presença de instituições como o Sebrae e de outras entidades locais para que o diálogo de oferta e desenvolvimento dessa cadeia seja parte do processo de atendimento do agronegócio e de todos os outros setores que podem se beneficiar dessa tecnologia. Como parte do processo dessa multiplicação de boas práticas, o projeto tem hoje o nosso livro sobre a metodologia Foresight”, afirmou. O livro é resultado de uma colaboração multissetorial que inclui empresas, instituições e entidades ligadas à cadeia de valor do biogás no Brasil, e mostra em detalhes a aplicação de uma metodologia específica para o setor, que organiza a integração do biogás na cadeia da agroindústria do Paraná e, assim, permite a replicação de práticas semelhantes em outros estados. “Temos que olhar para a questão econômica, de gerar riqueza, mas não podemos deixar a sustentabilidade de lado”, analisou Joel Franzim Junior. O gerente regional analisa que a metodologia é replicável, e pode ser utilizada fazendo as devidas adaptações aos territórios. “Quando a gente consegue levar esse conceito para pequenos produtores, para que o produtor consiga, em sua pequena granja, gerar calor, consiga gerar o gás que consome na propriedade, aí sim faremos a nossa parte para gerar economia e sustentabilidade”, concluiu. O evento Energia 50+50 ocorreu na sede do Sebrae Nacional, em Brasília (DF). Acesse o site do evento e confira todos os detalhes. Os comentários estão fechados.
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