- Unidade Interministerial é um fórum de discussão envolvendo entidades federais para debater melhorias em políticas públicas voltadas para o biogás.
- Projeto é liderado pelo MCTI, implementado pela UNIDO, financiado pelo GEF e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O Projeto GEF Biogás Brasil realizou, na última quarta-feira (17/8), a quinta Reunião da Unidade Interministerial do Biogás e Biometano. O fórum de discussão reuniu representantes de cinco ministérios e três entidades governamentais da esfera federal para debater as projeções para os próximos anos e a experiência do setor privado de com o biogás e biometano. A Unidade Interministerial agrega entidades federais para debater melhorias nas políticas públicas voltadas para o biogás. O fórum periódico é uma iniciativa do Projeto GEF Biogás Brasil, que é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), e conta com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) como principal entidade executora. Cinco ministérios compõem a Unidade Interministerial: MCTI, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Também fazem parte do fórum a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O intuito é promover a discussão na esfera federal da temática do biogás. A abertura da quinta reunião da Unidade Interministerial foi feita pelo diretor do Departamento de Tecnologias Aplicadas do MCTI, Eduardo Soriano. Ele destacou que a Unidade vai de encontro a temas importantes para o Brasil. “É um fórum que está alinhado com as políticas públicas na área de biogás e biometano que temos atualmente, como o programa Combustível do futuro, Programa Nacional do Hidrogênio, Programa Metano Zero. Precisamos seguir nesse caminho para suprir as necessidades do setor”, afirmou. Perspectivas do setor Durante o fórum, a consultora técnica da Superintendência de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da EPE, Rachel Henriques, palestrou sobre as perspectivas para o setor do biogás e do biometano. Henriques apresentou o Panorama Energético Nacional, e chamou a atenção para a variedade da matriz energética brasileira. “Na nossa matriz, o biogás ainda aparece tímido, mas tem crescido anualmente. O crescimento tem sido exponencial e tem mostrado consistência, com crescimento médio de 35% ao ano nos últimos 10 anos”, explicou. Dados da EPE mostram que, só no setor sucroenergético, o biogás poderá atender a 40% da demanda de diesel no setor agropecuário em 2031. A reunião também contou com a apresentação do diretor técnico do grupo Solví, Diego Nicoletti, que falou sobre os projetos da empresa desenvolvidos para as áreas de biogás e biometano. Nicoletti apresentou o portfólio do grupo, que conta com plantas de biogás em Salvador (BA), Minas do Leão (RS) e Caieiras (SP). Ele afirmou que, até 2023, com a inauguração de plantas em São Paulo, Pará e Rio Grande do Sul, a Solví terá uma capacidade instalada de aproximadamente 65MW de biogás. Além disso, o grupo tem previsão da instalação, em 2024 e 2025, de plantas de biometano em São Paulo e no Rio Grande do Sul, com perspectiva de produção de até 2.700 m³/h de biometano, para suprir a demanda pelo combustível. “A procura por biometano é muito alta, principalmente em razão do ganho ambiental (gás natural renovável) e pela alta do preço do gás natural”, defendeu Nicoletti. A reunião foi organizada e conduzida pelo consultor da UNIDO e especialista em Políticas Nacionais do Projeto GEF Biogás Brasil, Tiago Quintela Giuliani. O próximo encontro da Unidade Interministerial está previsto para 9 de novembro de 2022. Os comentários estão fechados.
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